sexta-feira, 1 de agosto de 2014

“Os Paradoxos de Liderança”



[Contexto([1]): O avião, que transportava uma equipa de “rugby” uruguaia de Montevideu para Santiago no Chile, a fim de participar num jogo particular, despenhou-se nos Andes; O capitão de equipa e seu jogador mais carismático, Marcelo Pérez, rapidamente assume o papel de chefia e organização das operações de salvação e assistência aos sobreviventes.
Um pequeno transístor permite a estes serem informados de que decorrem operações de busca intensas para o seu resgate; Passam, contudo, algumas semanas sem que tal aconteça...]

Um dia, o grupo encarregado da operação do transístor, integrante de Marcelo Pérez  e de Gustavo Nicolich, um dos mais novos da equipa, recebe a informação que, dado o insucesso das operações de busca, estas haviam sido dadas por concluídas.

Um silêncio glacial apoderou-se do grupo, apenas interrompido pelo baque provocado pelo desmaio de Marcelo Pérez.

Recobrado este, o grupo encaminha-se para os destroços do avião para dar a notícia aos restantes: Marcelo Pérez, o “leader” não se sente capaz...

Subitamente Gustavo Nicolich, o “caçula” irrompe pelos restos de fuselagem e anuncia:

“Temos boas notícias:” - exclama – “As buscas cessaram!!...”
“E então, isso é que são boas notícias?” – questionam, em uníssono, os companheiros
“Claro!!” – retorque, Nicolich – “Agora dependemos só de nós...”


([1]) do livro “VIVOS! (A odisseia dos sobreviventes dos Andes)” de Piers Paul Read, [Editorial Futura, 1979]

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