segunda-feira, 27 de maio de 2013

PERFORMANCE E CONTROLO DE GESTÃO: OS DESAFIOS DO SÉC. XXI

O recrudescimento da competitividade que hoje caracteriza o ambiente em que as empresas e outras instituições operam, obriga os seus responsáveis a gerir com rigor para alcançar êxito.

Como assinalámos no nosso último texto, um dos principais, senão o principal, handicap que o tecido empresarial português evidencia no quadro da economia global, consiste nas inadequação, insuficiência e ineficácia dos seus modelos de Controlo de Gestão e Avaliação da Performance.

Muitas vezes, tal resulta duma deficiente contextualização dos problemas, nesta área, radicada em dois postulados absolutamente obsoletos:

  • O Controlo de Gestão é um domínio da Área Financeira da organização;

  •  Os problemas de Controlo nas organizações são ultrapassáveis mediante agilização de putativos sistemas de informação de gestão que são confundidos com as suas plataformas tecnológicas de suporte.

É por isso que nenhuma empresa ou qualquer outra instituição, hoje provavelmente, escapa à constatação de sete questões essenciais, que constituem outros tantos desafios que o séc. XXI coloca aos Executivos, aos quais urge dar resposta:

1.      Como intervir, de modo eficaz, sobre as causas e não sobre as consequências/sintomas dos problemas?

2.     Como analisar a performance panoramicamente, com os indicadores disponíveis? Como quantificar o quantificável conquanto não tradicionalmente quantificado?

3.     Como planear num contexto crescentemente imprevisível?

4.     Como prevenir, em organizações descentralizadas, a conflitualidade entre objectivos individuais/sectoriais e globais?

5.     Como compaginar as necessidades, cada vez mais específicas, de informação para gestão com as características, cada vez mais normalizadas, da informação financeira?

6.     Como extrair, num contexto aceleradamente marcado pela incerteza, conclusões úteis dum controlo orçamental eminentemente retrospectivo e financeiro?

7.     Como assegurar a ponderação adequada, no curto e no médio/longo prazos, das consequências do processo de tomada de decisão?


A constatação das evidentes limitações dos modelos tradicionais de Controlo de matriz financeira induz a indispensabilidade da mudança deste estado de coisas, mediante o reforço da sensibilidade dos Executivos para a dimensão estratégica do Controlo de Gestão no sucesso da organização moderna, num enquadramento caracterizado pela mudança acelerada.

A consecução do objectivo identificado pressupõe a abordagem prévia da dinâmica cíclica da gestão moderna, mormente a problemática do estabelecimento de objectivos individuais, sectoriais e globais, seu alinhamento, mobilização de recursos para o seu atingimento e a medição e avaliação da performance registada.

Para o efeito, encontram-se hoje disponíveis “ferramentas” competentes, das quais merece particular destaque o Balanced Scorecard, tema a que regressaremos em próxima oportunidade.


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