O recrudescimento da competitividade
que hoje caracteriza o ambiente em que as empresas e outras instituições
operam, obriga os seus responsáveis a gerir com rigor para alcançar êxito.
Como assinalámos no nosso último
texto, um dos principais, senão o principal, handicap que o tecido empresarial
português evidencia no quadro da economia global, consiste nas inadequação,
insuficiência e ineficácia dos seus modelos de Controlo de Gestão e Avaliação
da Performance.
Muitas vezes, tal resulta duma
deficiente contextualização dos problemas, nesta área, radicada em dois
postulados absolutamente obsoletos:
- O Controlo de Gestão é um domínio da Área Financeira da organização;
- Os problemas de Controlo nas organizações são ultrapassáveis mediante agilização de putativos sistemas de informação de gestão que são confundidos com as suas plataformas tecnológicas de suporte.
É por isso que nenhuma
empresa ou qualquer outra instituição, hoje provavelmente, escapa à constatação
de sete questões essenciais, que constituem outros tantos desafios que o séc.
XXI coloca aos Executivos, aos quais urge dar resposta:
1. Como intervir, de modo eficaz, sobre as causas e não sobre as
consequências/sintomas dos problemas?
2. Como analisar a performance panoramicamente, com os indicadores
disponíveis? Como quantificar o quantificável conquanto não tradicionalmente
quantificado?
3. Como planear num contexto crescentemente imprevisível?
4. Como prevenir, em organizações descentralizadas, a
conflitualidade entre objectivos individuais/sectoriais e globais?
5. Como compaginar as necessidades, cada vez mais específicas, de
informação para gestão com as características, cada vez mais normalizadas, da
informação financeira?
6. Como extrair, num contexto aceleradamente marcado pela
incerteza, conclusões úteis dum controlo orçamental eminentemente retrospectivo
e financeiro?
7. Como assegurar a ponderação adequada, no curto e no médio/longo
prazos, das consequências do processo de tomada de decisão?
A constatação das evidentes limitações dos modelos tradicionais de Controlo de matriz financeira induz a indispensabilidade da mudança deste estado de coisas, mediante o reforço da sensibilidade dos Executivos para a dimensão estratégica do Controlo de Gestão no sucesso da organização moderna, num enquadramento caracterizado pela mudança acelerada.
A consecução do objectivo identificado pressupõe a abordagem
prévia da dinâmica cíclica da gestão moderna, mormente a problemática do
estabelecimento de objectivos individuais, sectoriais e globais, seu
alinhamento, mobilização de recursos para o seu atingimento e a medição e
avaliação da performance registada.
Para o efeito, encontram-se hoje
disponíveis “ferramentas” competentes, das quais merece particular destaque o Balanced
Scorecard, tema a que regressaremos em próxima oportunidade.
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