sexta-feira, 20 de junho de 2014

O essencial e o urgente...



“À custa de secundarizar o essencial face ao urgente, acabamos por esquecer a urgência do essencial”


Edgar Morin
(pseudónimo de Edgar Nahoum)
Antropólogo, Sociólogo e Filósofo
(1921 - ….)


quinta-feira, 19 de junho de 2014

“SEM TÍTULO”




Um discípulo foi ter com o seu professor de meditação, cheio de tristeza, quase a desistir, e confessou-lhe:
“A minha prática de meditação é um fracasso!
Ou me distraio completamente, ou as pernas me doem, ou me entrego ao sono!!...”
“Isso passará” - disse o mestre suavemente.
Uma semana depois, o mesmo estudante voltou à presença do mestre, mas agora eufórico:
“A minha prática de meditação tornou-se maravilhosa!
Sinto-me tão vigilante e tão pacificado. É simplesmente extraordinário!!”
O mestre respondeu-lhe com a mesma tranquilidade:
“Isso também passará.”

quarta-feira, 18 de junho de 2014

“KNOW-HOW”




Uma milionária norte-americana tornara-se extremamente insistente junto de Pablo Picasso no sentido de este lhe pintar o retrato.
 
Não podendo mais evadir-se, certo dia, o célebre pintor acedeu.
A milionária instalou-se, Picasso buscou a inspiração e após três, quatro minutos e outras tantas pinceladas declarou a obra feita.

A senhora olhou fixamente a tela durante alguns segundos, sentou-se, siderada, e quase delirante proclamou a sua extasiada admiração... Que era uma obra-prima, que era fantástico, que era sublime, como era possível...
Não tão surpreendido quanto enfadado Picasso, em jeito de despedida, entregou a tela, ao que foi questionado:
 - “E, ... quanto lhe devo?”
Picasso respondeu quase indiferentemente:
 - “Cem mil dólares, Madame”
O êxtase deu lugar instantânea e pragmaticamente à quase indignação:
 - “Mas, Mr. Picasso, cem mil dólares por cinco minutos de
    trabalho??...”
 - “Cinco minutos de trabalho, não, Madame, o trabalho de uma
    vida...” - retorquiu imperturbável.

                                                               [Origem desconhecida]

terça-feira, 17 de junho de 2014

on the road again



Após o longo período de ausência registado, volto agora ao contacto que espero manter doravante regular.

Fa-lo-ei nos moldes que anunciei então e que agora recordo.

Por vezes o que não se consegue com uma longa explicação, consegue-se com um
conto bem contado, refere Gabriel Garcia de Oro no seu livro “STORYTELLING – A
Magia das Palavras”.

Serão episódios da minha vida mas também contos, fábulas, faits divers históricos, simples citações ou até mesmo anedotas, alguns (mas) de m/autoria outras não, como não deixarei de notar adequadamente, com os (as) quais procurarei, contudo, passar sempre uma mensagem.

Veremos se o conseguirei…
… Goste-se ou não!!...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A PERGUNTA CERTA

Sucede frequentemente na vida:
Questões aparentam não ter resposta, problemas afiguram-se-nos sem solução, desafios parecem ser impossíveis apenas porque não identificamos correctamente o que está verdadeiramente em causa!!

O deficiente diagnóstico das situações leva-nos amiúde à formulação de perguntas desajustadas, inadequadas à resposta pretendida;
Ora nada há de mais inglório do que dispor da resposta certa à pergunta errada!!...

A estória seguinte ilustra-o com humor.

Determinado indivíduo contactou o call-center da Ford nos E.U.A. colocando a seguinte questão:
“Não sei o que passa com o meu carro novo; Sempre que vou à geladaria e compro um gelado de baunilha o carro não pega; Quando como outro gelado qualquer, não há problema!!... O que se estará a passar?”

O problema colocado desta forma provocou hilariedade não estimulando a sua análise séria pelo que o indivíduo elevou o tom dos seus protestos dirigindo-se directamente à Administração da companhia.

A Administração não desmobilizou face à pitoresca formulação do problema e ao fim de algum tempo e muita investigação decifrou a questão:

- A geladaria habitualmente frequentada pelo indivíduo tinha dois balcões, um para os gelados de baunilha, outro para os gelados de todos os outros sabores; A duração média de fila de espera para os primeiros era de 3 minutos enquanto que para os segundos era de 8 minutos; Ora, o carro do indivíduo tinha de facto um problema de ignição de tal modo que, a quente, quando era ligado novamente após ter sido desligado há menos de 5 minutos, o sistema eléctrico não era accionado; Quando o período de paragem era superior a 5 minutos, não havia qualquer problema!!...

A Ford reparou o carro e indemnizou o indivíduo...

Mas para o fazer, precisou de ser capaz de repensar o problema reformulando a questão:
- O que é que o consumo dum ou outro tipo de gelado fazia diferir na utilização do automóvel?

Assim já foi fácil chegar à solução!!...

Já Confúcio avisava sabiamente: “Não pretendo saber todas as respostas mas quero perceber as perguntas.”


                                            

terça-feira, 15 de outubro de 2013

GESTOR: EXECUTIVO OU FUNCIONÁRIO? - UMA INTRODUÇÃO -




A história é, obviamente fictícia.

De fonte desconhecida admito que, originalmente, visasse ilustrar, por excesso, as consequências das deformações  profissionais.

“Dois gestores, um já experiente e outro recém-formado, desciam a rua em amena cavaqueira quando depararam com um excremento no chão.

O gestor mais velho disse de imediato: «Se comeres aquilo, dou-te um milhão de euros».

O outro pensou um pouco, mas lá se decidiu a executar a tarefa e a receber o dinheiro.

Continuaram a caminhar e um pouco mais à frente encontraram outro excremento.

O gestor mais novo, pensou e adiantou-se dizendo: «Agora sou eu: se comeres aquilo dou-te um milhão de euros!».

O outro hesitou, mas acabou por comer.

Quando já iam no fim da rua, o gestor recém-formado reflectiu para com o companheiro de caminhada: «em termos económico-financeiros estamos exactamente na mesma, só que entretanto, ambos comemos m...».

O gestor mais experiente retorquiu: «Isso é verdade mas, no entretanto, estivemos envolvidos em transacções no valor de dois milhões de euros!!...».”

Hoje por hoje, contudo, não constituirá igualmente uma caricatura dum certo homo executivus sem densidade, mais forma que substância, mais funcionário que gestor??...

A este tema regressaremos muito em breve.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Animal Management



Todos os dias, a formiga chegava cedinho à fábrica e começava a trabalhar.
Produzia e era feliz.

O gestor, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão.

Se ela produzia tanto sem supervisão, como seria se fosse supervisionada?

Decidiu então contratar uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios.

A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga.

De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que, para além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.

O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.

Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.

A formiga, de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo!

O leão concluiu então que era o momento de criar a função de director de operações, área na qual a formiga operária, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.

A nova directora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.

Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gestor, o leão, da necessidade de fazer um estudo de clima organizacional. Em conclusão, o leão deu-se conta de que a Unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes.

Contratou então uma coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.

A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía: "Há gente a mais nesta empresa!"

Adivinhem quem o leão começou por despedir?
A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida"!!

(onde é que eu já vi isto??... Parece que o estádio mais elevado de sabedoria humana só se atinge quando somos capazes de rir de nós próprios…)